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Dia Mundial do Coração: Doenças cardiovasculares matam mais de mil pessoas por dia no Brasil

Especialista destaca fatores de risco para as doenças cardíacas, principais sintomas e hábitos que ajudam a cuidar melhor do coração

30/09/2024 às 11h53 Atualizada em 01/10/2024 às 09h58
Por: Redação
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Foto: Shutterstock
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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aproximadamente 1.100 pessoas morrem por dia no país em decorrência de doenças do coração e do sistema respiratório. 

Após perder a liderança brevemente em 2021 para a Covid-19, que naquele ano causou 411 mil óbitos, as doenças cardiovasculares retomaram o primeiro lugar das causas de mortes no país. Segundo os dados do relatório “Carga global de doenças e fatores de risco cardiovasculares”, publicado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, doenças cardiovasculares resultaram no óbito de cerca de 400 mil brasileiros só em 2022. Tal cenário reforça a importância do Dia Mundial do Coração, comemorado em 29 de setembro, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de manter uma vida saudável e evitar doenças cardíacas.

Pessoas com fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, colesterol alto, estresse e sedentarismo são as mais propensas a desenvolver esse tipo de doença. 

De acordo com a médica cardiologista Michella Assunção Roque, os casos de infarto do coração têm aumentado nos últimos anos e acredita-se que esse aumento possivelmente tem relação com a maior exposição, no estilo de vida moderno, aos fatores de risco cardiovascular já citados. Além disso, está relacionado ao maior uso de drogas, que é causa comum de infarto em pessoas jovens. 

“Vale lembrar que boa parte das paradas cardíacas em pacientes jovens – atletas, por exemplo – não se dá por infarto, que acontece por obstrução de uma artéria do coração, mas por doenças cardíacas congênitas e doenças genéticas do coração que podem gerar arritmias e morte súbita”, completa a especialista, que também é professora do curso de Medicina do Centro Universitário UniFG, parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país. 

Dra. Michella Assunção alerta para os sinais que podem indicar uma doença cardiovascular. Sintomas como cansaço excessivo, falta de ar, dores no peito, palpitações, tonturas e desmaios devem ser analisados por um médico, idealmente um cardiologista. 

 

Prevenção 

Conforme aponta a cardiologista, as principais medidas de prevenção incluem a adoção de uma alimentação saudável, com alimentos mais naturais e com baixo teor de sal e gorduras; pelo menos 150 minutos de atividade física regular por semana, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS); medidas regulares da pressão arterial, mesmo na ausência de sintomas e, principalmente, em pessoas acima de 40 anos; e cessação do tabagismo. 

Além disso, a professora da UniFG indica que as pessoas realizem exames de sangue para medidas de colesterol e diabetes uma vez ao ano; reduzam ou idealmente cessem o consumo de bebidas alcoólicas e adotem medidas para controle do estresse além da atividade física, como sono reparador, redução do uso de telas, práticas de meditação, atividades de lazer e espiritualidade. 

“É fundamental cuidar da saúde do coração, porque o acidente vascular cerebral ou o infarto que vai acontecer daqui a alguns anos depende do nosso cuidado com a saúde hoje”, ressalta a Dra. Michella. 

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